das mulheres declararam que começaram a trabalhar após os 14 anos.
em contrapartida, já realizavam tarefas domésticas e de cuidado antes dessa idade.
delas se identificam como mulheres pretas e pardas.
Apenas 9,4% das mulheres entrevistadas reconheceram o valor do trabalho que realizaram antes dos 14 anos. Isso significa que a maioria das mulheres ainda tem dificuldade em diferenciar as tarefas remuneradas do trabalho doméstico e de cuidado não remunerado. Essa dificuldade impede que elas reconheçam e nomeiem a exaustão física e mental que suportam ao longo da vida, especialmente na fase adulta e após a maternidade.
das mulheres entrevistadas relataram que alguma mulher da sua família já foi impedida de trabalhar fora de casa por um homem.
não souberam responder.
O desconhecimento dessa informação não significa necessariamente a ausência da proibição, mas a possibilidade de um impedimento indireto. Afinal, para que as tarefas remuneradas sejam uma opção viável, elas precisam, primeiro, enfrentar os desafios da discriminação de gênero, das múltiplas jornadas de trabalho e da maternidade, obstáculos presentes tanto dentro quanto fora de casa.
das mulheres declararam que sua mãe ou responsável do gênero feminino trabalhava como “do lar” quando eram crianças.
delas tem histórico de impedimento de trabalho remunerado e, consequentemente, desvantagem no seu desenvolvimento pessoal, social e financeiro.
Quando cruzamos o número de mulheres que a mãe ou responsável do gênero feminino era “do lar” durante a sua infância, com o número de mulheres que tiveram alguma mulher da família impedida de trabalhar fora, concluimos que a maioria cujo as mães realizavam apenas tarefas não remuneradas dentro de casa, possuem um histórico de impedimento de mão de obra remunerada.
das mulheres declararam não ter rede de apoio no cuidado com os filhos.
delas trabalham fora de casa remuneradamente. Sendo que, 83% trabalham de 6h a mais de 10h por dia.
não consegue identificar se possui rede de apoio ou não.
Das mulheres que responderam que possuem rede de apoio paga (fixa ou ocasional), 73% são brancas, 18% são pardas e 1% são pretas.
Das mulheres que responderam que possuem rede de apoio não paga (fixa ou ocasional) 65% são brancas, 25% são pardas e 7% são pretas.
das mulheres não possuem a maior renda da casa.
em contrapartida, sustentam os gastos essenciais da casa.
*tem a sua renda formada por duas ou mais ocupações. Porém, dessas, 48% não possuem a maior renda da casa.
Quando cruzamos o número de mulheres que possuem duas ou mais fontes de renda, com as que são a maior fonte de renda das suas casas, concluímos que 52% das mulheres entrevistadas trabalham em mais de uma função e, ainda assim, possuem o menor ganho financeiro.
*Desses 28%, 42% das mulheres são pretas e pardas.
Quando perguntadas sobre a relevância da própria força de trabalho, numa escala de 0 a 10, obtemos a média de 9. Constatamos, então, que a maioria das mulheres reconhece o valor da sua mão de obra e a considera muito essencial para a sua família e para a sociedade.
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